Fotografias…é impossível saber a influência que as imagens fotográficas exercem na vida das pessoas. Uma fotografia pode chegar a milhões de pessoas, vender um produto, servir de prova perante um tribunal (o que não se verifica em Portugal), influenciar uma decisão ou descansar num álbum familiar. Quando desfrutamos de boas fotografias, estas despertam em nós o desejo de fotografar as coisas que nos rodeiam tal como as vemos. Visto que na vida de toda a gente há pessoas, lugares e momentos muito importantes e dignos de recordar, a fotografia pode ser, para cada um o testemunho visual sobre as coisas que constituem o seu meio ao longo do tempo. Partindo desta utilização pessoal, os infinitos temas, aplicações e usos da fotografia são sempre desenvolvimentos específicos de uma determinada forma de ver as coisas.
A aprendizagem fotográfica tem duas vertentes: por um lado, o controle técnico necessário para registar as imagens tal como as vemos ou queremos que apareçam; por outro lado, é primordial aprender a observar, a olhar com atenção e curiosidade o mundo que nos rodeia.
Uma boa fotografia quase nunca se faz por acaso. Antes de disparar procuramos no visor uma imagem cujas características decidimos em maior ou menor medida. Se observamos bem o que vemos, se meditamos sobre o que queremos fotografar, se procuramos a forma de contá-lo e finalmente, se aplicamos correctamente a técnica, deixaremos a pouco e pouco de fotografar ao acaso e dedicar-nos-emos cada vez mais completamente a fazer só “Boas Fotografias”.
Para fazer uma boa fotografia são necessárias duas coisas: uma ideia mais ou menos clara do que se vai fazer e a utilização inteligente de meios técnicos para consegui-la. A fotografia está, por um lado, muito próxima do nosso sentido mais desenvolvido, a visão, mas é também um meio de reprodução que traz consigo uma complexidade técnica. A expressão “Utilização inteligente” refere-se à aplicação consciente dos conhecimentos técnicos de que dispomos para conseguir registar a imagem que vemos, do modo que queremos que apareça. O conhecimento dos elementos técnicos separadamente e a sua organização, permitir-nos-ão deduzir em cada momento as exigências que se têm que cumprir para que essa foto seja tecnicamente correcta e possa, efectivamente, reflectir a cena tal como a vemos ou queremos que apareça.
O paralelo entre a visão e a fotografia é constante porque se regem por leis comuns. Todavia, o que na visão é instintivo e automático, na fotografia tem que aprender-se.
![]() |
Fig.1 - Álbum de Fotos |
0 comentários:
Enviar um comentário